Não sei se saudades tem cor, dizem que sim...
O que eu sei é que ela tem forma, tem gosto...
Tem cheiro e peso também...
E, acreditem, ela tem asas!
Se não, como nos transportaria, tantas vezes a lugares tão distantes?
E sei ainda que ela se agiganta, quando mais tentamos diminuí-la.
Sei que ela dói de dor...
Intensa e sem remédio...
Se não fosse ela, não sei se teríamos consciência do tamanho da importância das pessoas para gente...
Porque quando amamos alguém a saudades já chega por antecipação, sorrateira, disfarçada de algo que não conseguimos decifrar...
É aquela dor fininha, de não sei o que, a angústia boba que nos invade só de imaginar, a separação e a gente fica meio sem saber...
O que fazer...
Mas é assim...
É uma dor que gostamos de sentir, um sabor que queremos provar, é algo que não sabemos explicar...
Mas é quase palpável...
É amor disfarçado de muita coisa,
São emoções guardadas bem lá no fundo,
Saudades... Do que foi e do que vai ser...
Saudades, que nos acompanha para diminuir a solidão,
E que nos mostra, sobretudo que estamos vivos.
Aprendi ainda que saudades não mata.
É só quase...
A gente pensa que vai morrer, mas sobrevive sempre...
Porque ela traz escondidinha nela uma outra coisa, que chamamos de esperança, que nos ajuda a caminhar...
Porque saudades, como o amor, não é cega...
Saudades vê mais além...
Autor Desconhecido
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