13 agosto, 2008

O Rouxinol e a Rosa...

Um rouxinol vivia no jardim de uma casa. Todas as manhãs, uma janela se abria e um jovem comia seu pão, enquanto olhava a beleza do jardim. Sempre caiam farelos de pão no parapeito da janela. O rouxinol comia os farelos, acreditando que o jovem os deixava de propósito para ele. Assim, criou um grande afeto por aquele que se preocupava em alimentá-lo, ainda que com migalhas. Um dia, o jovem se apaixonou. Mas, ao se declarar, sua amada impôs uma condição para retribuir seu amor: Que na manhã seguinte ele lhe trouxesse a mais linda rosa vermelha. O jovem percorreu todas as floriculturas da cidade, mas sua busca foi em vão. Nenhuma rosa...Muito menos vermelha, desolado, ele foi pedir ajuda ao jardineiro de sua casa. O jardineiro declarou que ele poderia presenteá-la com petúnias, violetas, cravos... Qualquer flor, menos rosas. Elas estavam fora de época; era impossível conseguí-las naquela estação. O rouxinol, que escutara a conversa, ficou penalizado com a desolação do jovem... Teria que fazer algo para ajudar seu amigo a conseguir a flor. A ave então procurou o Deus dos Pássaros, que falou: - Você pode conseguir uma rosa vermelha para o seu amigo... ...mas o sacrifício é grande e poderá custar-lhe a vida! - Não importa, respondeu a ave. O que devo fazer? - Assim farei, respondeu a ave. É para a felicidade de um amigo! - Bem, você terá que se emaranhar em uma roseira, e ali cantar a noite toda, sem parar. O esforço é muito grande; seu peito pode não agüentar... Quando escureceu, o rouxinol emaranhou-se em meio a uma roseira que ficava em frente a janela do jovem. Ali, pôs-se a cantar eu canto mais alegre, pois precisava caprichar na formação da flor. Um grande espinho começou a entrar no peito do rouxinol, e quanto mais ele cantava, mais o espinho entrava em seu peito. Mas o rouxinol não parou. Continuou seu canto, pela felicidade de um amigo. Um canto que simbolizava gratidão, amizade. Um canto de doação, até mesmo da própria vida! Pela manhã, ao abrir a janela, o jovem se deteve diante da mais linda rosa vermelha, formada pelo sangue do rouxinol. Nem questionou o milagre, apenas colheu a rosa. Ao olhar o corpo inerte da pobre ave, o jovem disse: Que ave estúpida! Tendo tantas árvores para cantar, foi se enfiar justamente em meio a roseira que tem espinhos. Pelo menos agora dormirei melhor, sem ter que escutar seu canto chato. É muito triste, mas infelizmente... Cada um dá o que tem no coração... Cada um recebe com o coração que tem...

O Tempo...

"AS IMENSAS DORES DA VIDA PELO TEMPO SÃO CURADAS;ELE É UM GRANDE REMEDIO PARA AS ALMAS AFLIITAS E ANGUSTIAS.SE TENDES ALGUM SOFRIMENTO,SEJE POR QUAL MOTIVO FOR,CONFIAI NA AÇÃO DO TEMPO,ELE VOS LIVRAR DA DOR.-FICAI FIRMES E ESPERAI!!!DIZ O TEMPO COM SAPIÊNCIA,POIS QUASE TUDO NESSE MUNDO É QUESTÃO DE PACIÊNCIA.COM AS COISAS AMARGAS DA VIDA,NÃO VOS PREOCUPEIS DEMAIS ;O TEMPO ÀS FARÁ EM RUÍNAS QUE VÃO FICANDO PARA TRÁS... ''

A Melhor Redação...

Em um processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: 'Você tem experiência?'. A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos.. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e ele com certeza será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma. Redação vencedora Já fiz cócegas na minha irmã só para ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete, e melequei o rosto, conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore para roubar fruta, já caí da escada de bunda. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi o pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormente, os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo assim um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário interroga, me aperta contra a parede e grita: 'Qual sua experiência?'. Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... experiência, será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência? Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: 'Experiência? Quem a tem, se todo momento se renova?