11 fevereiro, 2011

Deus...

Será mesmo que você é substituível ???


Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.

Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça.
 
Ninguém ousa falar nada.
 
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim.

-E Beethoven ?

- Como? - o encara o gestor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?

Silêncio.....

O funcionário fala então:

- Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da "máquina"(organização) e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
 
Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? etc...

Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar.
E, portanto, são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.

Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/ deficiências'.
 
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo , se Picasso era instável , Caymmi preguiçoso , Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico ...

O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro .
Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/ técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo.
E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
 
Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural , os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados . . . apenas peças.

Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'.
Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:
"Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.... Ninguém ... pois nosso Zaca é insubstituível"

Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!

"Sou um só, mas ainda assim sou um.
Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa.
Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."

"No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é..., e outras..., que vão te odiar pelo mesmo motivo..., acostume-se a isso..., com muita personalidade , determinação e - se puder - paz de espírito...".

VOCÊ É INSUBSTITUÍVEL!

Quero voltar a ser feliz!


Fui criada com princípios morais comuns.

Quando criança, ladrões tinham a aparência de ladrões e nossa única preocupação em relação à segurança era a de que os “lanterninhas” dos cinemas nos expulsassem devido às batidas com os pés no chão, quando uma determinada música era tocada no início dos filmes, nas matinês de domingo.

Mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades presumidas, dignas de respeito e consideração.
Quanto mais próximos e/ou mais velhos, mais afeto.

Inimaginável responder deseducadamente a policiais, mestres, aos mais idosos, autoridades.

Confiávamos nos adultos porque todos eram pais e mães de todas as crianças da rua, do bairro, da cidade.
Tínhamos medo apenas do escuro, de sapos, de filmes de terror.

Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo que perdemos.
Regalias em presídios são matéria votada em reuniões.
Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos.

Não levar vantagem é ser otário.
Pagar dívidas em dia é bancar o bobo, anistia para os caloteiros de plantão.
Ladrões de terno e gravata, assassinos com cara de anjo, pedófilos de cabelos brancos.

O que aconteceu conosco?

Professores surrados em salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas.
Crianças morrendo de fome!

Que valores são esses?

Carros que valem mais que abraço, filhos que os querem como brindes por passar de ano.
Celulares nas mochilas dos recém saídos das fraldas. TV, DVD, vídeos-game...

O que vai querer em troca desse abraço, meu filho?

Que lares são esses?

Jovens ausentes, pais ausentes. Droga presente. E o presente? Uma droga!

O que é aquilo?

Uma árvore, uma galinha, uma estrela, ou uma flor?

Quando foi que tudo sumiu ou virou ridículo?
Quando foi que esqueci o nome do meu vizinho?
Quando foi que olhei nos olhos de quem me pede roupa, comida, calçado sem sentir medo?
Quando foi que me fechei?

Quero de volta a minha dignidade, a minha paz.
Quero de volta a lei e a ordem.
Quero liberdade com segurança!
Quero tirar as grades da minha janela para tocar as flores!
Quero sentar na calçada e ter a porta aberta nas noites de verão.
Quero a honestidade como motivo de orgulho.
Quero a vergonha, a solidariedade.
Quero a retidão de caráter, a cara limpa.
Quero a esperança, a alegria, teto para todos, comida na mesa, saúde a mil.

Abaixo o “TER”, viva o “SER”!

E viva o retorno da verdadeira vida, simples como uma gota de chuva, limpa como um céu de abril, leve como a brisa da manhã!

E definitivamente comum, como eu.

Vamos voltar a ser “gente”?

Discordar do absurdo.
Construir sempre um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas.

Ter o amor, a solidariedade, a fraternidade como base e a indignação diante da falta de ética, da moral e do respeito...

Só por Hoje...


Só por hoje tentarei viver somente este dia e não tentarei solucionar todos os meus problemas de uma vez.
Posso fazer alguma coisa por doze horas que me assustaria se eu achasse que tivesse que continuar a fazê-la pelo resto da vida.
Só por hoje serei feliz.
Parece ser verdade o que disse Abraham Lincoln:
"A maioria das pessoas é tão feliz quanto tenha decidido ser."
Só por hoje me ajustarei à realidade, e não tentarei ajustar tudo à minha própria vontade.
Aceitarei o que o destino me reservar, e me adaptarei a ele.
Só por hoje tentarei fortalecer minha mente.
Estudarei e aprenderei alguma coisa útil.
Não serei um ocioso mental.
Lerei alguma coisa que requeira esforço, raciocínio e concentração.
Só por hoje exercitarei minha alma de três maneiras: praticarei uma boa ação para alguma pessoa, sem que ela fique sabendo; se alguém ficar sabendo, não será válido.
Farei pelo menos duas coisas que não quero fazer – só para me exercitar.
Não demonstrarei a ninguém que meus sentimentos estão feridos; eles podem estar feridos, mas hoje não o demonstrarei.
Só por hoje serei agradável.
Terei a melhor aparência possível, me vestirei bem, manterei minha voz baixa, serei cortês, não criticarei ninguém.
Não encontrarei defeitos em nada, nem tentarei melhorar ou controlar ninguém, a não ser eu mesmo.
Só por hoje terei um programa.
Talvez não o siga exatamente, mas o terei.
Evitarei dois aborrecimentos: a pressa e a indecisão.
Só por hoje passarei meia hora tranqüilo, completamente só, relaxando.
Durante essa meia hora, em algum momento, tentarei ter uma melhor perspectiva da minha vida.
Só por hoje não terei medo.
Principalmente não terei medo de desfrutar do que é belo, e de acreditar que na mesma medida que dou para a vida, a vida dará a mim.

Onde foi parar o Tempo?


Sobre o tempo que ganhamos.

Havia mais terrenos baldios. E menos canais de televisão.

E mais cachorros vadios. E menos carros na rua.

Havia carroças na rua. E carroceiros fazendo o pregão dos legumes.

E mascates batendo de porta em porta.

E mendigos pedindo pão velho. Por que os mendigos não pedem mais pão velho?

A Velha do Saco assustava as crianças. O saco era de estopa.

Não havia sacos plásticos, levávamos sacolas de palha para o supermercado.

E cascos vazios para trocar por garrafas cheias.

Refrigerante era caro. Só tomávamos no fim de semana.

As latas de cerveja eram de lata mesmo, não eram de alumínio.

Leite vinha num saco. Ou então o leiteiro entregava em casa, em garrafas de vidro.

Cozinhava-se com banha de porco. Toda dona-de-casa tinha uma lata de banha debaixo da pia.

O barbeador era de metal, e a lâmina era trocada de vez em quando. Mas só a lâmina.

As camas tinham suporte para mosquiteiro.

As casas tinham quintais. Os quintais tinham sempre uma laranjeira, ou uma pereira, ou um pessegueiro.

Comíamos fruta no pé.

Minha vó tinha fogão a lenha. E compotas caseiras abarrotando a despensa.

E chimia de abóbora, e uvada, e pão de casa.

Meu pai tinha um amigo que fumava palheiro.

Era comum fumar palheiro na cidade; tinha-se mais tempo para picar fumo.

Fumo vinha em rolo e cheirava bem.

O café passava pelo coador de pano. As ruas cheiravam a café. Chaleira apitava.

O que há com as chaleiras de hoje que não apitam?

As lojas de discos vendiam long plays e fitas K7.

Supimpa era ter um três-em-um: toca-disco, toca-fita e rádio AM (não havia FM).

Dizia-se ‘supimpa’, que significa ‘bacana’. Pois é, dizia-se ‘bacana’, saca?

Os telefones tinham disco. Discava-se para alguém. Depois, punha-se o aparelho no gancho.

Telefone tinha gancho. E fio.

Se o seu filho estivesse no quarto dele e você no seu escritório, você dava um berro pra chamar o guri, em vez de mandar um e-mail ou um recado pelo MSN.

Estou falando de outro milênio, é verdade.

Mas o século passado foi ontem! Isso tudo acontecia há apenas 20 ou 25 anos, não mais do que o espaço de uma geração.

A vida ficou muito melhor.

Tudo era mais demorado, mais difícil, mais trabalhoso.

Então por que engolimos o almoço? Então por que estamos sempre atrasados?

Então por que ninguém mais bota cadeiras na calçada?

Alguém pode me explicar onde foi parar o tempo que ganhamos?

"O tempo pode apagar lembranças de um rosto, um corpo, mas jamais apagarão lembranças de Pessoas que souberam fazer de pequenos instantes, grandes momentos.”

...


“Eu queria iniciar uma experiência e não apenas ser vítima de uma experiência não autorizada por mim, apenas acontecida.
Daí minha invenção de um personagem.
Também quero quebrar, além do enigma do personagem, o enigma das coisas.”
(Clarice Lispector)

Doutoras...


Certo dia, uma mulher chamada Anne foi renovar a sua carteira de motorista.
Quando lhe perguntaram qual era a sua profissão, ela hesitou.
Não sabia bem como se classificar.
O funcionário insistiu: "o que eu pergunto é se tem um trabalho."
"Claro que tenho um trabalho", exclamou Anne. "Sou mãe."
"Nós não consideramos isso um trabalho.
Vou colocar dona de casa", disse o funcionário friamente.
Em outra ocasião, ela se encontrou numa situação idêntica.
A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente.
O formulário parecia enorme, interminável.
A primeira pergunta foi: "qual é a sua ocupação?"
Anne pensou um pouco e sem saber bem como, respondeu:

"Sou doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas."

A funcionária fez uma pausa e Anne precisou repetir pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
Depois de ter anotado tudo, a jovem ousou indagar;

"Posso perguntar, o que é que a senhora faz exatamente?"

Sem qualquer traço de agitação na voz, com muita calma, ela explicou:

"Desenvolvo um programa à longo prazo, dentro e fora de casa."

Pensando na sua família, ela continuou:

"Sou responsável por uma equipe e já recebi quatro projetos, trabalho em regime de dedicação exclusiva, o grau de exigência é de 14 horas por dia, às vezes até 24 horas."

À medida que ia descrevendo suas responsabilidades, notou o crescente tom de respeito na voz da funcionária, que preencheu todo o formulário com os dados fornecidos.

Quando voltou para casa, Anne foi recebida por sua equipe: uma menina com 13 anos, outra com 7 e outra com 3.

Subindo ao andar de cima da casa, ela pôde ouvir o seu mais novo projeto, um bebê de seis meses, testando uma nova tonalidade de voz.

Feliz, ela tomou o bebê nos braços e pensou na glória da maternidade, com suas multiplicadas responsabilidades.

E horas intermináveis de dedicação.

"Mãe, onde está meu sapato?

Mãe, me ajuda a fazer a lição?

Mãe, o bebê não pára de chorar.

Mãe, você me busca na escola?

Mãe, você vai assistir a minha dança?

Mãe, você compra?

Mãe..."

Sentada na cama, pensou:

"se ela era doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas, o que seriam as avós?"

E logo descobriu um título para elas: doutoras-sênior em desenvolvimento infantil e em relações humanas.

As bisavós, doutoras executivas sênior.

As tias, doutoras-assistentes.

E todas as mulheres, mães, esposas, amigas e companheiras: doutoras na arte de fazer a vida melhor.

No mundo em que os títulos são importantes, em que se exige sempre maior especialização, na área profissional, torne-se especialista na arte de amar.

Como excelente mestra, ensine seus filhos, através do seu exemplo, a insuperável arte de expressar sentimentos.

Ensine a difícil arte de interpretação de choro de bebê e de secar lágrimas de adolescente.

Exemplifique a renúncia, a paciência e a diplomacia.

E colha, vitoriosa, ao final de cada dia, os louros do seu esforço nos abraços dos seus filhos e na espontaneidade de suas manifestações de afeto.