05 outubro, 2008

Como Fazer Alguém Feliz ...

Aquele professor era diferente de todos os demais. Os deveres de casa que ele passava eram sempre surpreendentes. Criativos. Enquanto os outros professores nos mandavam responder perguntas ao final do capítulo ou solucionar os problemas de números tal a tal, ele tinha tarefas bem diversas para nossa classe. Naquela quinta feira ele falou a respeito do comportamento como um meio de comunicação. 'Nossos atos falam mais do que as palavras. O que as pessoas fazem nos diz algo sobre o que estão sentindo', afirmou. 'Agora, como dever de casa, vejam se conseguem mudar uma pessoa, massageando o ego dela o bastante. Tanto que vocês percebam uma mudança em seu comportamento. Na próxima aula, vocês relatarão seus resultados.' Quando cheguei em casa, naquela tarde, olhei para minha mãe e vi que ela estava sentindo muita pena de si mesma. Os cabelos lhe caíam sobre o rosto. A voz parecia um lamento. Enquanto preparava o jantar, ela ficou suspirando. Quando cheguei, não falou comigo. E assim eu também não falei com ela. O jantar foi triste. Papai estava sem vontade para falar. Foi aí que decidi colocar em ação o dever de casa. 'Mãe, sabe aquela peça que o clube de artes dramáticas da universidade está encenando? Por que você e papai não vão assisti-la hoje à noite?' 'Esta noite não dá', disse logo meu pai. 'tenho uma reunião importante.' 'Naturalmente', foi a resposta seca de minha mãe. 'Bem, por que não vai comigo?' - quando acabei de formular a pergunta, me arrependi. Imagine: um rapaz do segundo grau sair à noite com sua mãe. Mas agora não havia mais conserto. Ela perguntou toda animada: 'De verdade? Rapazes não costumam sair com as mães.' Eu engoli em seco antes de tornar a falar: 'não existe nenhuma lei dizendo que a gente não pode sair com a mãe. Vá se arrumar.' Ela carregou uns pratos até a pia. Seus passos estavam mais leves, em vez de arrastados. Papai e eu lavamos a louça e ele comentou o quanto eu era um filho atencioso e gentil. Deprimido, eu pensei :'tudo por causa da aula de psicologia.' Mamãe voltou para a cozinha, mais tarde, parecendo cinco anos mais nova. Parecendo não acreditar no que estava acontecendo, ela insistiu: 'você tem certeza de que não vai sair com ninguém esta noite?' 'Agora eu vou. Vamos nessa!' A noite não foi tão desagradável como eu pensara. A maioria dos meus amigos certamente fez algo de mais empolgante naquela noite do que assistir uma peça de teatro. Ao final da noite, minha mãe estava genuinamente feliz. E eu próprio, bastante satisfeito. Acabei me dando superbem no dever de casa. E aprendi um bocado sobre como fazer alguém feliz. Pode ser que não tenhamos dever de psicologia para fazer em casa. Pode ser que nem estejamos estudando. Não importa. Na universidade da vida, o curso não acaba nunca. Sempre é tempo de aprender e exercitar. Por isso, tentemos hoje, fazer alguém feliz. Pode ser nosso filho, nosso conjuge, nossa mãe, nosso pai... Que tal um amigo, um irmão? Simplesmente alguém que transite em nosso caminho. Observemos, ofereçamos nosso tempo, nossa companhia. Façamos um comentário gentil. Abracemos, beijemos, conversemos. Proponhamos um passeio. Um programa diferente. E descobriremos como é bom fazer alguém feliz...

Não esqueça o principal ...

Conta a lenda que certa mulher pobre com uma criança no colo, passando diante de uma caverna escutou uma voz misteriosa que lá dentro lhe dizia:"Entre e apanhe tudo o que você desejar, mas não se esqueça do principal.Lembre-se, porém, de uma coisa:Depois que você sair, a porta se fechará para sempre.Portanto, aproveite a oportunidade, mas não se esqueça do principal...." A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começou a juntar, ansiosamente, tudo o que podia no seu avental. A voz misteriosa falou novamente:"Você só tem oito minutos."Esgotados os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou...Lembrou-se, então, que criança ficara lá e a porta estava fechada para sempre!!!A riqueza durou pouco e o desespero, sempre.O mesmo acontece, as vezes, conosco. Temos anos e anos para viver, neste mundo, e uma voz sempre nos adverte:"Não se esqueça do principal!"E o principal são os valores espirituais, a oração, a vigilância, a família, os amigos, a vida!!! Mas a ganância, a riqueza, os prazeres materiais os fascinam tanto que o principal vai ficando sempre de lado...Assim, esgotamos o nosso tempo aqui, e deixamos de lado o essencial: "Os tesouros da alma!"Que jamais nos esqueçamos que a vida, neste mundo, passa rápido e que a morte chega de inesperada. E quando a porta desta vida se fechar para nós, de nada valerá as lamentações.Portanto, que jamais esqueçamos do principal!!!

Inocência...

Uma menininha, diariamente, vai e volta andando para a escola.Apesar do mau tempo daquela manhã e de nuvens estarem se formando, ela fez seu caminho diário.Com o passar do tempo, os ventos aumentaram e junto os raios e trovões.A mãe pensou que sua filhinha poderia ter muito medo no caminho de volta pois ela estava assustada com raios e trovões.Preocupada a mãe rapidamente entrou em seu carro e dirigiu pelo caminho em direção à escola.Logo ela avistou sua filhinha andando, mas a cada relâmpago a criança parava olhava para cima e sorria!!!Outro e outro trovão e, após cada um, ela parava olhava para cima e sorria!!!Finalmente, a menininha entrou no carro e a mãe curiosa foi logo perguntando:- 'O que você estava fazendo?'A garotinha respondeu:- 'Sorrindo! Deus não para de tirar fotos minhas!!!'Deixemos que toda inocência floresça em nossos corações para podermos ver a bela e real felicidade que está nos momentos de simplicidade...

Nós estamos preparados...

Um homem sussurrou: - "Deus, fale comigo". E um rouxinol começou a cantar Mas o homem não ouviu Então o homem repetiu: - "Deus, fale comigo!" E um trovão ecoou nos céus Mas o homem foi incapaz de ouvir... O Homem olhou em volta e disse: - "Deus, deixe-me vê-lo". E uma estrela brilhou no céu Mas homem não a notou. O homem começou a gritar: - "Deus, mostre-me um milagre". E uma criança nasceu Mas o homem não sentiu o pulsar da vida... Então o homem começou a chorar e a se desesperar: - "Deus, toque-me e deixe-me sentir que você está aqui". E uma borboleta pousou suavemente e em seu ombro. O homem espantou a borboleta com a mão e, desiludido, continuou o seu caminho...
MORAL DA HISTÓRIA: Será que nós estamos preparados para perceber que nem sempre o caminho que esperamos encontrar é o que buscamos? Será que não conseguimos vislumbrar outros caminhos que se nos apresentam no nosso caminhar pela vida, endurecidos na desilusão de nossas expectativas? Será que não conseguimos perceber que a felicidade está presente em caminhos diversos , e quanto a vida é rica de oportunidades e que Deus está presente em cada partícula do Universo. E mesmo assim ficamos cegos à sua presença porque sua manifestação não é como a esperávamos? Vamos em busca da felicidade, que se encontra, quem sabe, onde menos a esperamos: DENTRO DE NÓS MESMOS...

Anjos Existem ...

Lá estava eu com minha família, em férias, num acampamento isolado e com carro enguiçado. Isso aconteceu há 5 anos, mas lembro-me como se fosse ontem. Tentei dar a partida no carro. Nada. Caminhei para fora do acampamento e felizmente meus palavrões foram abafados pelo barulho do riacho. Minha mulher e eu, concluímos que éramos vítimas de uma bateria arriada. Sem alternativa, decidi voltar á pé até a vila mais próxima e procurar ajuda. Depois de uma hora e um tornozelo torcido, cheguei finalmente a um posto de gasolina. Ao me aproximar do posto, lembrei que era domingo e é claro, o lugar estava fechado. Por sorte havia um telefone público e uma lista telefônica já com as folhas em frangalhos. Consegui ligar para a única companhia de auto socorro que encontrei na lista, localizada a cerca de 30km dali. Não tem problema, disse a pessoa do outro lado da linha, normalmente estou fechado aos domingos, mas posso chegar aí em mais ou menos meia hora. Fiquei aliviado, mas ao mesmo tempo consciente das implicações financeiras que essa oferta de ajuda me causaria. Logo seguíamos, eu e o Zé, no seu reluzente caminhão-guincho em direção ao acampamento. Quando saí do caminhão, observei com espanto o Zé descer com aparelhos a perna e a ajuda de muletas para se locomover. Santo Deus ! Ele era paraplégico!! Enquanto se movimentava, comecei novamente minha ginástica mental em calcular o preço da sua ajuda. É só uma bateria descarregada, uma pequena carga elétrica e vocês poderão seguir viagem, disse-me ele. O homem era impressionante, enquanto a bateria carregava, distraiu meu filho com truques de mágica, e chegou a tirar uma moeda da orelha, presenteando-a ao garoto. Enquanto colocava os cabos de volta no caminhão, perguntei quanto lhe devia. Oh! nada - respondeu, para minha surpresa. Tenho que lhe pagar alguma coisa, insisti. Não, reiterou ele. Há muitos anos atrás, alguém me ajudou a sair de uma situação muito pior, quando perdi as minhas pernas, e o sujeito que me socorreu, simplesmente me disse: Quando tiver uma oportunidade, "Passe isso adiante". Eis minha chance.... Você não me deve nada! Apenas lembre-se: Quando tiver uma oportunidade semelhante, faça o mesmo... "Somos todos anjos de uma asa só, precisamos nos abraçar para alçar vôo".

Anjos...

Somos Todos Anjos de Uma Asa Só... Há muito tempo atrás depois do mundo ser criado e da vida completá-lo, houve num dia, numa tarde de céu azul e calor ameno, um encontro entre Deus e um de seus incontáveis anjos. Acredita? Deus estava sentado, calado.. . Sob a sombra de um pé de jabuticaba. Lentamente, Deus erguia suas mãos e colhia uma ou outra fruta. Saboreava sua criação negra e adocicada. Fechava os olhos e pensava. Permitia-se um sorriso piedoso. Mantinha seu olhar complacente.. . Foi então que, das nuvens, um de seus muitos arcanjos desceu e veio em sua direção. Ele tinha asas lindas, brancas, imaculadas. Ajoelhou-se aos pés de Deus e falou:. . -“Senhor...visitei sua criação como pediu. Fui a todos os cantos.. . Estive no sul, no norte. No leste e oeste. Vi e fiz parte de todas as coisas. Observei cada uma de suas crianças humanas. E por ter visto, vim até o Senhor... para tentar entender.. . Por quê?. . Por que cada uma das pessoas sobre a terra tem apenas uma asa?. . Nós, anjos, temos duas... podemos ir até o amor que o Senhor representa sempre que desejarmos. Podemos voar para a liberdade sempre que quisermos. Mas os humanos, com sua única asa, não podem voar.. . Não podem voar com apenas uma asa” Deus, na brandura dos gestos, respondeu pacientemente ao seu anjo.. . - “Sim... eu sei disso. Sei que fiz os humanos com apenas uma asa...”. . Intrigado, com a consciência absoluta de seu Senhor, o anjo queria entender e perguntou:. . - “Mas por que o Senhor deu aos homens apenas uma asa quando são necessárias duas asas para poder voar... para poder ser livre?”. . Conhecedor que era de todas as respostas, Deus não teve pressa para falar. Comeu outra jabuticaba, obscura e suave. E então respondeu:. . - “Eles podem voar sim, meu anjo. Dei aos humanos apenas uma asa para que eles pudessem voar mais e melhor que Eu ou vocês meus arcanjos.. . Para voar, meu amigo, você precisa de suas duas asas. Embora livre, sempre estará sozinho. Talvez da mesma maneira que Eu. Mas os humanos... os humanos, com sua única asa, precisarão sempre dar as mãos para alguém, a fim de terem suas duas asas.. . Cada um deles tem, na verdade, um par de asas... uma outra asa em algum lugar do mundo que completa o par. Assim, eles aprenderão a respeitar-se, pois ao quebrar a única asa de outra pessoa, podem estar acabando com as suas próprias chances de voar.. . Assim, meu anjo, eles aprenderão a amar verdadeiramente outra pessoa, aprenderão que, somente permitindo-se amar, eles poderão voar.. . Tocando a mão de outra pessoa, em um abraço correto e afetuoso, eles poderão encontrar a asa que lhes falta... e poderão finalmente voar.. . Somente através do amor irão chegar até onde estou... assim como você, meu anjo. E eles nunca... nunca estarão sozinhos quando forem voar.". . Deus silenciou em seu sorriso. O anjo compreendeu o que não precisava ser dito.. . E, assim sendo, no fim desse conto, espero que um dia você encontre a sua outra asa, para, finalmente, poder voar... (Autor desconhecido).

Vida...

Eu só peço a Deus ...

“Se eu pudesse deixar-vos algum presente,deixaria acesso ao sentimentode amar a vida dos seres humanos;a consciência de aprender tudo o que foi ensinado ao longo dos tempos.Lembraria os erros que foram cometidos, para que não mais se repetissem;a capacidade de escolher novos rumos.Deixar-vos-ia, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável:além do pão, o trabalho;além do trabalho, a ação;e, quando tudo o mais faltasse,um segredo:o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.” Mahatma Ghandi

Amigo...

"Um amigo não é pedra morta ou Rochedo escuro.É o farol da vida plantado num monte.É o desejo ardente de saltar o muro e do outro lado sentir a felicidade de ter nascido e crescido com tal amizade."
(Autor Desconhecido)

Vida, eterna busca...

"A Vida é uma eterna procura, e uma permanente busca da Verdade, do Amor, dos outros, da própria identidade... Enfim, o espelho de um espírito inquieto. Por isso, quem sabe as mutações que irá sofrendo ao longo do tempo..." (Autor Desconhecido)

É Urgente...

É urgente o amor. É urgente um barco no mar. É urgente destruir certas palavras, ódio, solidão e crueldade, alguns lamentos, muitas espadas. É urgente inventar alegria,multiplicar os beijos. É urgente descobrir rosas e rios e manhãs claras. Cai o silêncio nos ombros e a luz impura, até doer. É urgente o amor. É urgente Permanecer. (Eugénio de Andrade)

Meu cachorro - Walcyr Carrasco

Meu cachorro está doente. É um husky e tem 14 anos. Dizem os conhecedores da raça que 12 anos é o tempo normal de vida. Mas sempre tive esperança de que fosse muito além. A mãe viveu até os 17. Seu nome é Uno. Não é muito comum, mas tem um motivo. Meu irmão e minha cunhada, há muitos anos, resolveram montar um canil em Campinas. Só de huskies. Compraram macho e fêmea de uma linhagem gloriosa. O avô, importado do Canadá, foi até capa de revista especializada. Registraram o canil. Alimentaram o casal, deram vacinas e prepararam-se para fazer fortuna. Logo uma ninhada estaria a caminho. Meu irmão fez as contas. Na época, o husky era muito valorizado. Com um certo número de cãezinhos, teria um bom lucro! – Serão dez, onze? – sonhava minha cunhada Bia. Nasceu um. Sim, um somente! Ganhou o nome de Uno, e me foi dado de presente. A grana ficou na imaginação. Uno me acompanha desde então, em várias fases da minha vida. Até no desemprego! Cheguei a escrever crônicas para uma revista canina usando seu nome e sua foto. Também um livro infanto-juvenil, Mordidas que Podem Ser Beijos, em que é o protagonista. Muita coisa inventei. Mas não sua mania de fugir de casa. Quando morei numa chácara na Granja Viana, Uno escalava o alambrado com a agilidade de um gato. Assim são os huskies, um tanto felinos. Disparava até o lago e fugia com um pato entre os dentes. Eu que me visse às voltas com a direção do condomínio – donos são para quebrar o galho, devem pensar os cachorros. Escondia-se na reserva florestal e só voltava ao entardecer, com o estômago cheio! Um terror, o meu cachorro! Duas vezes, bravamente, capturou ouriços. Dezenas de espinhos penetraram seu pêlo. Entraram em sua boca. Eu nunca vira um espinho de ouriço. É duro, pontudo! Impressionante. Fiquei a seu lado enquanto o veterinário arrancava um por um. Mudei para a cidade. Meu cachorro envelheceu e passa longas horas deitado a meu lado vendo televisão. Deve achar um absurdo tantos tiros, beijos, lágrimas e juras de amor. Gosta de, simplesmente, ficar do meu lado. Ao olhá-lo, tenho uma sensação de conforto. Às vezes se levanta, bota a cabeça nas minhas pernas e eu coço suas orelhas. Sua boca se estica. Tenho a impressão de que é um sorriso. Há algum tempo começou a ficar doente. Ainda parece saudável. Seu pêlo castanho brilha. Mas surge uma coisa aqui, outra ali. Toma remédio para o coração. Laxantes. Chega a uivar baixinho – huskies não latem. É a terceira vez que o envio ao veterinário em duas semanas. Agora, nem conseguia ficar em pé, de tão frágil. Sinto angústia só de pensar em sua imensa solidão, longe do tapete onde costuma dormir, sendo picado, mal comendo e, principalmente, sem alguém que lhe acaricie o pêlo. A doença deve ser um mistério para ele mesmo. O amor de um cão é incondicional. Vejo mendigos na rua acompanhados de cachorros esquálidos que não os abandonam e até os protegem nas noites escuras. Vejo crianças a quem o cão ajuda a conhecer o afeto. Eu sei que meu cachorro está partindo. Se não for agora será daqui a semanas ou meses, pois uma coisa vira outra, e outra. Ou ele não conseguirá resistir ou chegará a um ponto em que terei de dar um nó no coração e abreviar seu sofrimento. Eu tenho de resistir e fazer o melhor. Coçar sua barriga e falar palavras docemente. E, se puder, quando chegar a hora, colocá-lo em meu colo e dizer quanto o amo. Quando me sentei diante do computador, queria escrever linhas engraçadas, repletas de bom humor. Foi impossível. Meu sentimento falou mais alto. Quem já amou um cão entende minha dor...