17 abril, 2008

O lenhador e a raposa...


Existiu um lenhador que acordava às 6 horas da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha. Só parava tarde da noite.Esse lenhador tinha um filho, lindo, de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites, ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada.Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem, e portanto, não era confiável. Quando ela sentisse fome comeria a criança. O lenhador, sempre retrucando com os vizinhos, falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso.Os vizinhos insistiam:“Lenhador, abra os olhos! A raposa vai comer seu filho”.“Quando sentir fome, comerá seu filho!”Um dia o lenhador, muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários, ao chegar em casa viu a raposa sorrindo como sempre e com sua boca totalmente ensangüentada....O lenhador suou frio e sem pensar duas vezes, acertou o machado na cabeça da raposa...Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho, no berço, dormindo tranqüilamente e ao lado do berço uma cobra morta!!!!!!!O lenhador enterrou o machado e a raposa juntos.Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito. Siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar..., mas principalmente nunca tome decisões precipitadas...
Autor Desconhecido

A história da borboleta...

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo; um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
De repente, pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso.
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia mais.
Então o homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o
restante do casulo. A borboleta saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno, e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar a tempo.
Nada aconteceu!
Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e as asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.
O que o homem não compreendia, na sua gentileza e vontade de ajudar, era que o casulo apertado e o esforço necessário para a borboleta passar através da pequena abertura, era o modo pelo qual Deus fazia que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida.
Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido...
(Para o Resto da Vida..., de Wallace Leal V. Rodrigues, há história parecida)

O Sapinho Quá-Quá Quá-Quá ....

Era um sapinho junto com os seus irmãozinhos, nascidos na mesma ninhada, viera até o brejo para os primeiros saltos. A alegria era geral. Quá-Quá, porém, chegava sempre por último. - Agora, dizia já a mamãe-sapo, vocês verão como se dá o primeiro salto. E tomando posição , ela pulou. Aquilo foi uma festa para todos. - Bem- ponderou a mãe-sapo-, já que aplaudiram é porque aprenderam a lição. Vamos, portanto, todos pular. Um de cada vez. Cada um escolhia uma direção e ...zapt ! Quando chegou a vez de Quá-Quá, já que todos haviam saltado, ficaram a olhá-lo. E o pobrezinho abaixa-que-abaixa, ensaia-que-ensaia e ...zapt ! Zapt e ...plaft ! Dá com o nariz numa árvore. Foi só sapinho que caiu pelo chão, de barriga para cima, rebentando de tanto dar risada com o desastroso pulo de Quá-Quá. - Outra vez! – exigiu a mamãe-sapo. Quá-Quá ensaiou...ensaiou e ...zapt ! Zapt e ...plaft! Novamente esfolou-se numa árvore ! Todos os sapinhos caíram na gargalhada. A mãe-sapo, nessa altura, ralhou por silêncio. Aproximou-se preocupada de Quá-Quá. Olhou bem no fundo dos olhos do sapinho. Ora essa! – lastimou-se desconcertada.- Não há de ver que Quá – Quá tem um defeito na vista ! Sem perda de tempo, procuraram Coim-Coim. O velho Coim-Coim, em cuja sabedoria e experiência todos confiavam, depois de examinar e examinar o sapinho, concluiu que, pela primeira vez, estava diante de um batráquio que precisava de óculos. Um sapo de óculos! – resmungou, coçando o cocuruto. E não houve jeito. Quá-Quá passou a usar óculos. Acontece, porém, que por mais se caprichasse no estilo da armação dos óculos, não conseguiam fazê-la parar no lugar. Era ensaiar um pulo e ... ploft... caíam os óculos ao chão ! Quá-quá, dessa forma, não podia mesmo saltar. E um sapo que não salta, era logo ridicularizado pelos próprios irmãos, contra a vontade da mamãe-sapo. Os danadinhos, mesmo sabendo das dificuldades da visão de Quá-Quá, não perdiam a chance de aborrecê-lo de todas as formas. O pobrezinho sentia-se muito, muito infeliz. Um dia, os sapinhos combinaram brincar na lagoa Cuidado com o Nico! – advertiu a mãe-sapo -. Aquele menino prende numa gaiola quantos sapinhos ele encontrar... e não solta nunca mais ! Tomaremos cuidado, mamãe. Ela , contudo, não ficou satisfeita. Se ele aparecer... sumam depressa ! Faremos isso, mamãe. E lá se deram pressa de ir para a lagoa. O pobre do Quá-Quá, mal-ajeitado em seus óculos, não quis perder a oportunidade de acompanhá-los à lagoa, E, por não saltar igual aos outros, seguia o alegre grupo, muitos e muitos metros para trás. Vez por outra, ouvia os irmãozinhos: Olhe que o Nico o pega! Troçavam com o seu defeito. Quando na lagoa, todos mergulhavam na água branquinha, e se entretinham a brincar de esconde-esconde nas pequenas ilhas e nos arbustos que ali cresciam. Quá-Quá, de óculos, ficava à margem. Ninguém se lembrava dele. Num momento, porém, Quá-Quá tomou posição. Ajeitou-se para um grande salto, derrubando os óculos e, mesmo assim, corajosamente se arremessou sem direção certa e...zapt ! Caiu junto de seus manos. -Nico! Nico vem vindo! – falou quase sem fôlego. Os irmãos, apavorados, só então ouviram as pisadas do menino, já muito perto, que voava na direção em que eles se encontravam. Foi um corre-corre. Nico andou de um lado para outro, com sua terrível gaiola a balançar nas mãos, mas todos os sapinhos estavam muito quietos, tremendo e suando, escondidinhos, escondidinhos, assim como a mamãe-sapo mandara. Ele cansou de procurar. Naquele dia, não apanhou nenhum sapinho. Depois de muito tempo, quando se afastou ,todos saíram de seus esconderijos, mais aliviados e se reuniram em torno de Quá-Quá. -Puxa! – exclamou um dentre eles – Se não fosse Quá-Quá ! Todos, então, puseram-se a procurar os óculos de Quá-Quá e, quando voltaram para casa, contaram tudo o que acontecera à sua mãe. A mãe-sapo, após ouvi-los, disse-lhes: -Aí está, meus filhos! Ninguém deve ser desprezado, por este ou aquele defeito que traga! Se dum lado faltou visão a Quá-Quá, por outro passou a ter tão bons ouvidos que é capaz de ouvir mais do que todos juntos. Eles concordaram. -Ah! Se não fosse Quá-Quá ! A partir daquele dia, os sapinhos, quando iam a algum lugar, sempre convidavam Quá-Quá para fazer-lhes companhia. Pulavam um pouco menos e, assim, iam juntos. Quá-Quá, de óculos, vigiava por eles!
Beatriz de Almeida Rezende

Castelos de areia...

Eu conheço a engenharia e a arquitetura de fazê-los uns atrás dos outros ,
conheço a estratégia e a logística de defendê-los,
mas contra a chuva e o mar e o vento só sei recomeçar
Gonçalo Mourão

Sonhe....

Um dia uma criança chegou diante de um pensador e perguntou-lhe:”Que tamanho tem o universo?”Acariciando a cabeça da criança,ele olhou para o infinito e respondeu:”O universo tem o tamanho do seu mundo.”Perturbada,ela novamente indagou:”Que tamanho tem meu mundo?”O pensador respondeu:”Tem o tamanho dos seus sonhos.”Se seus sonhos são pequenos,sua visão será pequena,suas metas serão limitadas,seus alvos serão diminutos,sua estrada será estreita,sua capacidade de suportar as tormentas será frágil.Os sonhos regam a existência com sentido.Se seus sonhos são frágeis,sua comida não terá sabor,suas primaveras não terão flores,suas manhãs não terão orvalho,sua emoção não terá romances.A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis,faz dos idosos,jovens,e a ausência deles transforma milionários em mendigos faz dos jovens idosos.Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor da sua história,fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades. Sonhe!"