16 julho, 2011
O tamanho das pessoas
Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.
Uma pessoa é enorme para você, quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado.
É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade, o carinho, o respeito, o zelo e, até mesmo, o amor.
Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto com você. E pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.
Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas.
Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas que se agigantam nas críticas e se encolhem quando estão diante dos olhos que sabem "seus segredos íntimos e suas atitudes covardes fruto de sua própria insegurança.
Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão; e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma.
O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande...é a sua sensibilidade, sem tamanho...
E ainda dizem que "interferência" é atrapalhar o caminhar do próximo.
Na maioria das vezes é despertar a "coragem e a capacidade" nos covardes e incompetentes.
Na maioria das vezes é despertar a "coragem e a capacidade" nos covardes e incompetentes.
A esperança está na certeza que estes se rendem diante da própria imagem diante do espelho que se olham a cada dia mais infelizes.
William Shakespeare
Elegância
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez, por isso, esteja cada vez mais rara e fora de moda: é a elegância do comportamento...
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples “obrigado” diante de uma gentileza…
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma, nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada...
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas pessoas que escutam mais do que falam...
E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades, normalmente ampliadas no boca a boca...
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas…
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores, porque não sentem prazer em humilhar os outros…
É possível detectá-la nas pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte, antes, quem está falando e só depois manda dizer se está ou se não está...
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais…
É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o quanto você teve que se desdobrar para o fazer...
É elegante não mudar seu estilo, apenas para se adaptar ao outro…
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais...
É elegante retribuir carinho e solidariedade...
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...
Sobrenome, jóias e nariz empinado, não substituem a elegância do gesto...
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante…
É elegante a gentileza.
Atitudes gentis falam mais que mil imagens.
Abrir a porta para alguém, é muito elegante.
Dar o lugar para alguém se sentar, é muito elegante…
Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem imenso para a alma...
Oferecer ajuda, é muito elegante...
Olhar nos olhos ao conversar, é essencialmente elegante...
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la, é improdutivo…
A saída é desenvolver, em si mesmo, a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigos”… não tem que ter estas coisas…
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la…
Educação enferruja por falta de uso…
E um detalhe: não é frescura.
Martha Medeiros