15 setembro, 2008

O cesto e a água...

Dizem que isto aconteceu em um mosteiro chinês muito tempo atrás. Um discípulo chegou para seu mestre e perguntou:- Mestre, por que devemos ler e decorar a Palavra de Deus se nós não conseguimos memorizar tudo e com o tempo acabamos esquecendo? Somos obrigados a constantemente decorar de novo o que já esquecemos.O mestre não respondeu imediatamente ao seu discípulo. Ele ficou olhando para o horizonte por alguns minutos e depois ordenou ao discípulo:- Pegue aquele cesto de junco, desça até o riacho, encha o cesto de água e traga até aqui.O discípulo olhou para o cesto sujo e achou muito estranha a ordem do mestre, mas, mesmo assim, obedeceu. Pegou o cesto, desceu os cem degraus da escadaria do mosteiro até o riacho, encheu o cesto de água e começou a subir de volta. Como o cesto era todo cheio de furos, a água foi escorrendo e quando chegou até o mestre já não restava nada. O mestre perguntou-lhe:- Então, meu filho, o que você aprendeu?O discípulo olhou para o cesto vazio e disse, jocosamente:- Aprendi que cesto de junco não segura água.O mestre ordenou-lhe que repetisse o processo de novo.Quando o discípulo voltou com o cesto vazio novamente, o mestre perguntou-lhe:- Então, meu filho, e agora, o que você aprendeu?O discípulo novamente respondeu com sarcasmo:- Que cesto furado não segura água.O mestre, então, continuou ordenando que o discípulo repetisse a tarefa. Depois da décima vez, o discípulo estava desesperadamente exausto de tanto descer e subir as escadarias. Porém, quando o mestre lhe perguntou de novo:- Então, meu filho, o que você aprendeu?O discípulo, olhando para dentro do cesto, percebeu admirado:- O cesto está limpo! Apesar de não segurar a água, a repetição constante de encher o cesto acabou por lavá-lo e deixá-lo limpo.O mestre, por fim, concluiu:- Não importa que você não consiga decorar todas as passagens da Bíblia que você lê, o que importa, na verdade, é que no processo a sua mente e a sua vida ficam limpos diante de Deus. Maktub

Almas gêmeas...

Há muito tempo... No tempo dos deuses... Havia uma civilização onde a harmonia e o amor reinavam pois esta civilização foi criada pôr Vênus e Eros. Uma civilização muito, muito diferente... Os seres possuíam quatros braços, quatro pernas, duas cabeças e dois troncos distintos, um tronco feminino e masculino, mas com apenas uma alma...Esta harmonia provocou a fúria de outros deuses.Então os outros deuses enfurecidos enviaram uma tempestade com relâmpagos e trovões naquela civilização... Vênus e Eros tentaram lutar, mas foi em vão.A cada relâmpago que caía na civilização atingia um ser, foram dois dias e duas noites de tempestade e fúria. Os corpos eram divididos pelos relâmpagos e levados pelas águas separando a parte feminina da masculina e dividindo sua alma ao meio...E, assim muitos se perderam, muitos ficaram sozinhos, mas conseguiram sobreviver.E, até hoje vivem na luta e na busca de sua outra metade, a Alma Gêmea.
Maktub 1815

A Fábula do camundongo...

Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato.Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera.Então ele começou a temer os caçadores. A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse:- Nada que eu faça por você vai ajuda-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo.É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto.Coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo; caminhar para frente; e enfrentar as adversidades, vencendo os medos...
''Vida é deixar-se envolver. É entregar-se ao momento, à sensação, ao sentimento. Vida é abandonar-se sem medo. Vida é gritar bem alto, deixando vir de dentro a alegria de estar amando... Assumir de corpo inteiro e não só no pensamento. Vida é amar sem medo.'' Léa Waider

Sapatos...

Claudio, um rapaz já de certa idade, pegou o ônibus e enquanto subia, um de seus sapatos se soltou e escorregou para o lado de fora. O ônibus saiu rapidamente, e a porta se fechou sem que houvesse chance de recuperar o sapato "perdido". Imediatamente, Claudio retirou seu outro sapato e jogou-o pela janela. Um rapaz no ônibus que observava a situação, sem poder ajudar perguntou: - Desculpe perguntar, mas por que jogou fora seu outro sapato? E Claudio respondeu: - Pra que alguém o encontre e seja capaz de usá-los. Provavelmente apenas alguém realmente necessitado dará importância a um sapato usado encontrado na rua. E de nada lhe adiantará apenas um pé. Quando desceu do ônibus em seu destino, Claudio buscou uma loja, e comprou um novo par de sapatos. Durante nossa vida é inevitável perder coisas. Muitas vezes estas perdas são penosas e supostamente injustas, porém certamente necessárias para que coisas novas e melhores possam acontecer. Jogue fora idéias, crenças, maneiras de viver ou experiências que não lhe acrescentam nada e lhe roubam atenção e energia. Aproveite e tire do seu "armário" aquelas coisas negativas que só lhe trazem tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento. O "novo" só pode ocupar espaço em nossas vidas quando o "velho" deixar de fazer parte dela.