17 abril, 2011

Entrevistando Deus





Sonhei que eu tinha uma entrevista com Deus.

”Então você gostaria de me entrevistar?" Deus perguntou.

”Se VOCÊ tiver tempo," eu disse.

Deus sorriu.

”Meu tempo é a eternidade; que perguntas você tem em mente para me fazer?”

“O que na humanidade mais surpreende VOCÊ?..."

Deus respondeu...

”Que eles ficam entediados com a infância - se apressam em crescer e depois desejam ser crianças novamente.

Que eles perdem sua saúde para ganhar dinheiro e em seguida perdem o dinheiro para recuperar sua saúde.

Que eles pensam ansiosamente sobre o futuro e se esquecem de viver o presente, de tal forma que não vivem nem o presente nem o futuro.

Que eles vivem suas vidas como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido..."

As mãos de Deus tocaram as minhas, ficamos em silêncio por um momento e então eu perguntei...

”Sendo um pai, quais lições de vida você quer que seus filhos aprendam?"

Deus respondeu com um sorriso:

"Aprendam que eles não podem fazer ninguém os amar, o que eles podem fazer é se deixarem ser amados.

Aprendam que o que é mais valioso não é o que eles têm em suas vidas, mas QUEM eles têm em suas vidas.

Aprendam que não é bom compararem-se uns aos outros.

Aprendam que uma pessoa rica não é aquela que tem o máximo, mas sim aquela que precisa do mínimo.

Aprendam que leva apenas uns poucos segundos para abrir feridas profundas na pessoa que se ama, e que pode levar muitos anos para curá-las

Aprendam a perdoar praticando o perdão.

Aprendam que existem muitas pessoas que as amam muito, mas simplesmente não sabem como expressar ou mostrar seus sentimentos.

Aprendam que dinheiro pode comprar tudo, exceto felicidade!

Aprendam que duas pessoas podem olhar para a mesma coisa e vê-la de maneira diferente.

Aprendam que um amigo verdadeiro é alguém que sabe tudo sobre eles e gosta deles mesmo assim.

Aprendam que não é suficiente que eles sejam perdoados, mas que perdoem a si mesmos e que aprendam a perdoar.

E aprendam que Eu estou aqui....

SEMPRE!"

...



A felicidade não é feita do tamanho da casa,
mas do tamanho do amor que enche a casa.
 Hugo Baggio

A parábola da rosa




Um certo homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente e, antes que ela desabrochasse, ele a examinou.

Ele viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou, como pode uma bela flor vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?

Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa, e, antes que estivesse pronta para desabrochar, ela morreu.

Assim é com muitas pessoas.

Dentro de cada alma há uma rosa: as qualidades dadas por Deus e plantadas em nós crescendo em meio aos espinhos de nossas faltas.

Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos.

Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior.

Nós nos recusamos a regar o bem dentro de nós, e, consequentemente, isso morre.

Nós nunca percebemos o nosso potencial.

Algumas pessoas não vêem a rosa dentro delas mesmas;

Alguém mais deve mostrá-la a elas.

Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas.

Esta é a característica do amor ,  olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras faltas.

Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajuda-a a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições.

Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, Elas superarão seus próprios espinhos.

Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes...

A libélula e a tartaruga



A libélula recém nascida, que pairava as suas leves asas sobre a água transparente do ribeirão, viu imóvel sobre uma pedra, uma tartaruga que tomava banho de sol.
Espantada diante de uma criatura tão feia, pousou sobre uma folha de capim a fim de ver melhor.
A tartaruga, achando que a libélula a estava admirando, começou a falar:

- Olá - disse ela.

A libélula levou um susto.

- Pensei que você estivesse morta, de tão parada.

- Já fui como você, minha criança, muito agitada, mas aprendi que é perigoso vier assim.

Em você tudo é esbanjamento: asas vibrando, ir e vir nas costas do vento, voar sem cessar.
Mas tudo isso faz mal.
Quem se mexe muito morre logo.
A vida é como a vela: há de se economizar para durar mais.
Minha filosofia é simples: nunca ficar de pé, quando posso ficar deitada.
Para simplificar, fico sempre deitada...
A libélula espantada de que alguém pudesse viver assim, ia perguntar se a vida vale a pena.
Mas não deu tempo porque a tartaruga continuou a falar:

- Você ainda não aprendeu a lição do peso.
Para se voar é preciso ser leve.
Mas tudo o que é leve é frágil.
As crianças gostam de empinar papagaios.
Mas para subir no vento, eles têm de ser feitos com varetas finas de bambu e papel de seda.
Por isso, acabam quase sempre enroscados em algum galho de árvore.
Mas você nunca viu uma tartaruga enroscada num galho de árvore.
Estão fora dos enroscos porque não se metem a voar, porque são muito pesadas e por isso ficam sempre junto ao chão.
Somos prudentes.
Voar é perigoso, exige leveza e fragilidade.
Isso é coisa que fascina as crianças, mas não os adultos.
Os adultos são graves.
E grave é aquilo que respeita a lei da gravidade e gosta de ir para baixo.
Como eu.
Os adultos quando querem elogiar alguém dizem que ele é uma pessoa de peso.
O contrário de peso?
Leveza, bexiga solta no espaço.
Quando se diz que alguém é leviano, isso não é um elogio, é uma ofensa.
Leviano é quem não leva as coisas a sério, como as crianças.
Quanto mais adultas, mais parecidas comigo.

A libélula ia dizer que ser leve é coisa muito gostosa, porque dá sempre uma enorme vontade de rir, mas se calou, com medo de ser acusada de leviana.
A tartaruga não entenderia.

- E há também a necessidade de defesas - continuou a tartaruga
- Veja o seu corpo, fino como um palito.
O bico de qualquer pássaro pode cortá-lo ao meio.
E suas asas?
Lindas e fracas.
Veja agora a minha carapaça.
Nem martelo consegue quebrá-la.
Você é mole, eu sou dura.
Mole são as crianças, os palhaços, os poetas, os artistas.
Duros são os generais, os banqueiros, os policiais, as pessoas importantes.
Quando as crianças deixam de ser uma libélula para se tornarem uma tartaruga, os adultos dizem que elas ficaram maduras.
Na verdade o que querem dizem é que ficaram armaduras.
Coisa madura é coisa mole, gostosa, boa de se comer e se descuidar apodrece e acaba.
Já a armadura é coisa que vara os séculos.
Como eu, impenetrável, constante, sempre a mesma.
Digna de confiança.
Serei amanhã o que sou hoje.
Quanto a você, não sei onde estará.
As coisas leves passam.
As duras permanecem.
Ninguém diz que Deus é vento ou nuvem.
Mas dizem que é rocha e fortaleza.
Claro que as armaduras criam certos problemas.
Fica difícil para brincar, pular, abraçar...
Mas é o preço da sobrevivência.