04 janeiro, 2012

Quando 2011...


Quando 2011 começou um novo Livro também iniciou.

Foi colocado em suas mãos...

Você podia fazer dele o que quisesse...você sempre foi o roteirista , bastava simplesmente fazer, desfazer, querer, não querer, amar, odiar, servir, negar, etc........ livre arbítrio sempre.

Eram páginas em branco que poderiam continuar em branco ou ficar coloridas, ou até mesmo só branco e preto dependeria muito do seu humor, do seu amor e da sua gratidão.

Hoje este livro com 365 páginas já esta escrito,com alegrias e tristezas, com inveja e ganância, com mentiras e verdades com sucesso e dessabores com traições e afetos, enfim tantas outras emoções e vivências, tantas pessoas ilustraram nossa jornada florindo ainda mais nosso caminho e outras como espinho entraram e saíram.

Concluído agora só falta o THE END.

Que tal revisar, verificar os erros e acertos, reflita, o que foi plantado, porque a colheita é certa, o que você fez pra você mesmo e para outros ao seu redor ??, o que você não fez ??, que tal finalizar com perdão, fé e esperança.

Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela consciência; faça o exercício de ler a você mesmo. Leia tudo...

Aprecie aquelas páginas em que você usou seu melhor estilo.

Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito. Não, não tente arrancá-las, seria inútil. Já estão escritas.

Mas você pode lê-las enquanto escreve o novo livro que lhe será entregue.

Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu, e evitar repetir as ruins.

Para escrever o seu novo livro, você contará novamente com o instrumento do livre arbítrio, e terá, para preencher, toda a imensa superficie do seu mundo.

Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije-o. Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele.

Não importa ...

Ainda que tenha páginas negras, entregue ao Universo e diga apenas duas palavras: Obrigado e Perdão!!!

E lembre-se: quando 2012 chegar, lhe será entregue outro livro, novo, limpo, branco todo seu, no qual você irá escrever o que desejar...

FELIZ LIVRO NOVO

“Adeus, meus sonhos!”




Adeus, Meus Sonhos!
Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! Votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo A estrela de meus cândidos amores,
Já não vejo no meu peito morto Um punhado sequer de murchas flores!

Manuel Antônio Álvares de Azevedo