21 abril, 2009

A Ovelha Negra

Era uma vez uma ovelhinha diferente das suas irmãs de rebanho: era negra.
Por isso, era desprezada e sofria todo tipo de maus tratos. As outras lhe davam mordidas, patadas; procuravam colocá-la em último lugar no rebanho. Quando estavam num prado pastando, o rebanho inteiro tentava não deixar que a ovelhinha negra provasse uma ervazinha sequer.
Dessa forma, sua existência era horrível. Farta de tanto desprezo, a ovelhinha negra afastou-se do rebanho.
Durante muito tempo vagou sem rumo pelo bosque.
Quando anoiteceu, exausta, a ovelhinha deitou-se, sem perceber, em um monte de farinha, onde dormiu. Ao raiar o dia, acordou e viu, cheia de surpresa, que se havia transformado em uma ovelha muito branca, imaculada. Voltou então ao seu rebanho, onde foi muito bem recebida e proclamada rainha, pela sua bela aparência. Naquela ocasião, estava sendo anunciada a visita do príncipe dos cordeiros, que vinha em busca de uma esposa. O príncipe foi recebido no rebanho com grandes honras.
Enquanto ele observava as ovelhas que formavam o rebanho, desabou uma violenta tempestade. A chuva dissolveu a farinha que cobria o pêlo negro de nossa ovelhinha, e ela recuperou sua cor natural. Quando a viu, o príncipe resolveu que seria a escolhida.
As outras ovelhas perguntaram por quê. - É diferente das outras.
E isso, para mim, é suficiente. Assim, a ovelhinha negra tornou-se princesa e teve, finalmente, o destino justo que merecia.

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