Uma das parábolas mais bonitas que já tomei conhecimento foi contada por James Aggrey e relatada por Leonardo Boff no bonito livro A Águia e a galinha conta Aggrey:
Era uma vez um camponês que foi a uma floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa, conseguiu pegar um filhote de águia, colocou-o no galinheiro junto com as galinhas, comia milho e ração própria para galinhas, embora a águia fosse a rainha de todos os pássaros.
Depois de dois anos, este homem recebeu a visita de um naturalista, enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Este pássaro não é uma galinha. É uma águia!
- De fato, - disse o camponês.
- É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia.
Transformou-se em galinha como as outras, apesar dos quase três metros de extensão das asas.
- Não , retrucou o naturalista... ela é águia e sempre será águia, pois tem coração de águia, esse coração fará que um dia alce vôo.
- Não, insistiu o camponês... ela virou galinha e jamais voará como águia!
Então, decidiram fazer uma prova, o naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
- De fato você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra.
Então abra suas asas e voe... a águia pousou sobre o braço estendido do naturalista, olhava distraidamente ao redor, viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos e pulou para junto delas.
O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não, tomou a insistir o naturalista, ela é uma águia e uma águia será sempre uma águia, vamos experimentar novamente amanhã, no dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.
Sussurou-lhe:
- Já que você é uma águia, abra as asas e voe!
Mais uma vez , quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu .... eu lhe havia dito, ela virou galinha!
- Não, respondeu firmemente o naturalista, ela é águia possuirá sempre um coração de águia, vamos experimentar ainda uma última vez... amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo, pegaram a águia levaram-na para fora da cidade, longe de tudo ... bem no alto de uma montanha.
O sol nascente dourava os picos das montanhas, o naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Voe!
A águia olhou ao redor, tremia como se experimentasse nova vida, mas não voou.
Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou e ergueu-se soberana, sobre si mesma e começou a voar, a voar bem alto....
A parábola de James Aggrey é realmente esplêndida, busca dimensões profundas do espírito, indispensáveis para o processo de realização humana: o sentimento de auto-estima, a capacidade de dar a volta por cima das dificuldades quase insuperáveis.
Cada pessoa tem dentro de si uma águia, ela quer nascer, sente o chamado das alturas, busca o sol e por isso somos constantemente desafiados a libertar a águia que em nós habita.
As pessoas que alçam vôos sublimes são as que se recusam a deitar-se, a suspirar e desejar que as coisas mudem!
Tais pessoas não reclamam sua sorte e tampouco sonham, passivamente, com algum navio longínquo que vai chegando.
Em vez disso, visualizam em suas mentes que não são desistentes; não permitirá o que as circunstâncias da vida as empurrem lá para baixo, e as mantenham subjugadas como galinhas.
Tais pessoas não reclamam sua sorte e tampouco sonham, passivamente, com algum navio longínquo que vai chegando.
Em vez disso, visualizam em suas mentes que não são desistentes; não permitirá o que as circunstâncias da vida as empurrem lá para baixo, e as mantenham subjugadas como galinhas.
Vamos, voe... Voe e vença, ocupe o lugar que é seu no alto do penhasco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário