Eu não sei se a vida é que vai rápida demais ou se sou eu que estou mais lento.
O que sei é que ando me atropelando nos próprios passos.
Eu resolvi desacelerar.
Eu vou no rítmo que posso.
Não é fácil.
É sabedoria que requer aprendizado!
Eu quero aprender.
O descompasso é a causa de todo cansaço.
O corpo é rápido, mas o coração não.
O corpo anda no compasso da agenda.
O coração anda é no compasso do amor miúdo.
O corpo sobrevive de andares largos.
O coração sobrevive de pequenos passos e de demoras.
Eu já fui e voltei a inúmeros lugares e o coração nem saiu do lugar.
O mistério é saber reconciliar as partes.
Conciliar um ritmo que seja bom para os dois.
Eu quero aprender.
Não quero o martírio antes da hora.
Quero é o direito de saborear o tempo como se fosse um menino que perdeu a pressa.
O show?
Ah, deixa pra depois.
A voz não morrerá.
Acendemos as luzes noutra hora.
Deixe que o padre viva a penumbra de algumas poucas velas...
Um padre combina mais com uma vela acesa que com um canhão de luz.
Há momentos em que a luz miúda nos revela muito mais que mil holofotes.
Chega de vida complicada.
Eu preciso é de simplicidade!
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