Costuma parar para saber se o caminho que você está trilhando é o que gostaria de seguir? Costuma se perguntar se a sua atitude de hoje está te levando para mais próximo do ponto de chegada?
Percebemos, ao longo de nossa vida, o quanto é surpreendente e fácil ser pego pela ilusão das nossas atividades, da nossa pressa, da correria do cotidiano, das tarefas inadiáveis, intolerância, arrogância, prepotência, exigência, impaciência, trabalho árduo de cada dia para subir a escada do TER mais sucesso, dinheiro, patrimônio, riqueza, e por aí vai.
Não vejo nada de errado nisso desde que, é claro, que você aja com consciência, competência, benevolência, sabedoria, etc.
O que assusta é a gente descobrir que passamos boa parte de nossas vidas nos preocupando com o TER, sem dar a devida importância ao SER.
Uma pessoa no velório do amigo muito rico pergunta ao colega ao seu lado: “quanto ele deixou?”
Ao que o outro respondeu: “ele deixou tudo”.
A conclusão que chego é que as pessoas passam boa parte da vida em busca do TER, algo do tipo:
• Se eu tivesse mais tempo…;
• Se eu tivesse mais dinheiro…;
• Se eu tivesse um carro…;
• Se eu tivesse uma casa nova…;
• Se eu tivesse um verdadeiro amigo…;
• Se eu tivesse uma formação melhor…;
• Se eu tivesse um chefe mais companheiro…;
• Se eu tivesse uma nova oportunidade…;
• Se eu tivesse como tirar férias… etc.
É impressionante como esquecemos da importância do SER para TER o que queremos. Imagine se ao invés de ficar lamentando a falta do TER a pessoa adotasse uma postura proativa em prol do SER.
Daí, tomando por base os exemplos acima evidenciados, ela poderia mudar a estrutura de seu pensamento, passando a refletir de acordo com as novas formulações a seguir:
• Se eu for mais organizado com relação ao tempo que disponho…
• Se eu for mais estudioso poderei no futuro conseguir uma colocação melhor;
• Se eu for morar mais próximo do meu trabalho talvez não precise de carro;
• Se eu for mais cuidadoso com meus gastos pessoais talvez consiga trocar a minha casa atual por uma nova;
• Se eu for mais atencioso com as minhas amizades…
• Se eu for mais dedicado e disciplinado nos estudos…
• Se eu for mais compreensivo, tolerante talvez possa melhorar o relacionamento com o meu chefe;
• Se eu for mais persistente, atencioso e participativo talvez surja uma nova oportunidade;
• Se eu for menos centralizador e confiar mais nas pessoas talvez seja possível tirar uns dias de férias com a família.
Temos testemunhado muitos exemplos de pessoas que passaram boa parte da vida buscando o TER sem se darem conta de que, muitas vezes, o SER é o caminho mais curto e seguro para se TER o que deseja.
Sair por aí como um trator de esteira abrindo caminho na marra, sem planejamento, cuidados adequados, respeito ao próximo causando mágoas e ressentimentos pode ser igual ao carpinteiro que sobrecarregado com seus apetrechos de trabalho sua a camisa para alcançar o último degrau de uma enorme escada só para constatar que a apoiou na parede errada.
Será que não seríamos pessoas melhores e mais felizes se nos preocupássemos mais com o SER do que com o TER?
Pense nisso, um ótimo dia e até a próxima...
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