É meio trágico como as pessoas têm medo de errar. Lógico, ninguém gosta de cometer erros. A sociedade, a família, os próprios colegas às vezes nos condenam por acharem que erramos, que não deveríamos fazer isso ou aquilo. No caso de amigos, é até perdoável meterem o nariz nessas coisas, afinal, nós os escolhemos para serem as melhores pessoas em quem confiamos.
Também é engraçado porque a gente cresce sabendo que “errar é humano”, e então (a não ser que seu egocentrismo tenha lhe cegado), você acaba cometendo seus tropeços, seus deslizes no meio do caminho, e sabe disso! É o primeiro a sofrer por isso. Até certo ponto, natural. Olha o tamanho da estrada que temos que percorrer! Cheia de curvas, declives, contra mãos. Cheia de poças, de buracos, de poluição. Mas também cheia de sentidos, horizontes e destinos pra acharmos um porto seguro. Bem vindo à vida, meu amigo!
E claro, nós projetamos essa vida! Você tem uma imagem do que quer conquistar daqui uns anos, você visualiza suas metas. Se vai casar ou não, que profissão vai seguir, se vai morar em casa ou apartamento, tudo. Até a pasta de dente que usa de manhã, você escolhe. O importante é descobrir se tal imagem está refletindo o que buscamos, ou se é um mero idealismo pra fugir do que estamos vivendo no momento, pra satisfazer as relações que estão ao nosso redor, coisas assim. O velho medo de mudar.
Michelangelo disse uma vez que a melhor maneira de conhecer as partes essenciais de uma escultura é jogá-la morro abaixo, e então o que há de importante permanecerá junto. Às vezes a vida é assim. Temos que cair, rolar barrancos, pra achar o chão e ver o que permanece intacto. E então sobram as coisas que realmente nos importamos, damos valor. É quando no levantamos, sabendo quem somos, é quando sentimos o que é ter fé e esperança em nosso interior. Tudo com uma visão mais clara do futuro. Tudo uma questão de perspectiva...
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